Havia algum tempo que se cruzavam com frequência no parque. Ela a cavalo e ele em corrida de manutenção. Trocavam apenas olhares, a cada dia mais cúmplices.
Naquele dia, apesar da chuva, sem motivo aparente, pararam pela primeira vez e iniciaram uma conversa banal sobre o tempo.
Poucos minutos depois, ela guiou-o até uma velha torre medieval remodelada para habitação, junto a um lago na periferia do parque.
Ondulante e tentadora desenhou-lhe o caminho a seguir, desde a porta de entrada até ao quarto, com todas as peças de roupa que ia largando uma a uma pelo chão.
Ele perseguiu-a a curta distância, predador irracional encantado pelo comportamento provocante da presa.
O que é que acontece se eu também me despir?
Digo-te o meu nome no fim.
Linhas de suor escorriam brilhantes pelo corpo fumegante enquanto tirava a roupa.
Viu que ela se auto acariciava na cama e se contorcia em desejo.
Deitou-se sobre ela lentamente. Entregaram-se voluptuosamente.
Trovejava. Não ouviram nada.
Já estava vestido para ir embora mas ainda lhe beijava e sugava sem pressa os dedos dos pés.
Meu nome é Linda.
Olhou-a com ternura, sorriu, depositou um beijo nos dedos da mão e lançou-lho com um sopro.
Eu já sabia.
aj carneiro
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