nunca se sabe o que nos pode passar pela cabeça

Vivo a procurar saber se estou vivo, se estou a sonhar, se vivo sonhando, ou se sonho vivendo. Não agito os comuns problemas existenciais do amor e da morte, apenas me coloco, sempre que posso, no lugar de observador. E, de certa maneira, sou quase feliz porque não pretendo sê-lo de qualquer maneira.
António José Costa Carneiro | Cria o teu cartão de visita

07/03/10

Olá



















Confesso que durante muito tempo pensei que havia muita coisa na vida que durava para sempre, tais como os pais, os amigos, o amor e por aí fora, mas, com bastante dor, descobri com o tempo que não é bem assim.

Na vida, tudo passa, tudo muda. As pessoas chegam e partem, as dores marcam-nos e atenuam-se, o medo paralisa-nos e desaparece, a desilusão instala-se e dá lugar ao sonho, as lágrimas caem e secam-se com sorrisos, a solidão é preenchida com amigos que chegam e um dia partem também.

Amores, mais cedo ou mais tarde acabam, mesmo contra nossa vontade, não podemos fazer nada para confirmar se afinal podem durar para sempre.

E depois, o que fica?

O que nos resta são apenas as memórias dos factos consumados, boas ou más.

Somos sobretudo seres solitários que caminham temporariamente acompanhados. Ficam-nos os sinais de quem nos acompanhou por breves etapas e que num certo instante, quase sempre inesperado, tomou outra direcção e desapareceu do nosso alcance. 

A lei é simples: vão uns e vêm outros. A um amor perdido, segue-se uma nova paixão.

Perdemos sempre um pouco de nós em cada partida, em cada mudança, no fim de um enamoramento, mas ganhamos um pouco também de quem parte. É assim mesmo.

Custa a enfrentar esta realidade, ver partir alguém para nunca mais voltar. Nem sequer é bom pensar nas situações de partida provocadas pela morte de pessoas que amamos muito.

Amores e amigos, vêm e vão e ao passarem pelo nosso espírito ganham raízes que duram para toda a nossa existência mesmo que o acaso nos separe definitivamente.

Somos viajantes do tempo e do espaço e os outros seres que encontramos são breves companheiros de jornada. Devemos aprender a desfrutar da sua companhia enquanto podemos porque raros são os regressos e quando acontecem, nada será igual ao que já foi.

Adeus Amor de algum dia.....Olá nova eterna paixão!

aj carneiro

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