Entre o teu pescoço e o ombro
Encontro o destino da minha boca,
O leito do meu rosto,
Onde repouso da jornada
Que empreendo pela tua pele.
Exploro com os lábios as orelhas,
Molhando-as com o desejo,
Mordendo-as ao de leve,
Tocando com a língua devagar.
Deslizo por ti
Pelo pescoço sensual
Que se me oferece
Que se abandona
que se arrepia a um sopro
Que eu saboreio
E sabe-me a paixão
E sabe-me a infinito.
Contemplo a verticalidade
do pescoço,
altar da minha devoção.
Suspiro.
Partem os lábios
do pescoço
para o resto do corpo
à descoberta dos teus sentidos.
aj carneiro